Visualizações, curtidas, comentários em fotos de corpos
magníficos. Quase zero de gordura. Storys
de viagens, carros do ano, casas com sete banheiros. Tudo limpinho sem pelos de
cachorro. Publicações de conquistas, troféus e mais corpos magníficos. Sem
espinhas, sem cravos e sem rugas.
Somos bombardeados desde o despertar com conteúdos
impressionantes onde temos a sensação que somente essas figuras públicas são
verdadeiramente felizes. Viciamos em dar likes.
Viciamos em comparar nossas vidas com perfis de paginas de relacionamentos.
Viciamos em achar que a vida é bela somente para os extraordinários. Esse vicio
nos transformou em crianças mimadas que sempre desejam mais e mais. Mais uma
casa, agora no litoral. Mais um carro, este é antigo. Mais dinheiro, quero
aquele celular com mil funções e botões.
O problema desse habito, que visa sempre acrescentar, é
que nos coloca na posição de insatisfação continua nos impedindo de agradecer e
viver o momento presente, que é magico. No geral, egoístas filhos da puta que
só pensam no próprio umbigo.
Onde perdemos a direção?Em que momento as pessoas se transformaram em jogadores insaciáveis? Nosso round já é o dois mil e vinte e três. Muita gente morreu. E por nossa culpa.
Muita gente perdeu a dignidade. E por nossa culpa. Muita gente se matou, pois
não aguentou a pressão. E por nossa culpa.
Essa culpa que carregamos a cada nascer do sol, por ter
transformado a nossa sociedade em um ringue sangrento que todos buscam o pódio
a qualquer custo. E quem não quer competir é escorraçado e tido como louco de
pedra.
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